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«Mais bonito que a camisola do Benfica é difícil»Luisão marca presença, esta terça-feira, na Web Summit em representação do Benfica. Acompanhado de Domingos Soares de Oliveira, o ex-capitão dos encarnados, ainda sem cargo atribuído, disse estar a adaptar-se a uma vida nova fora dos relvados.«Tenho uma vida diferente. Ainda não tenho cargo, o cargo principal é ser convidado pelo Benfica para vir a estes eventos. Sinto-me muito orgulhoso por representar uma instituição como o Benfica», salientou o brasileiro.«A minha decisão [de terminar a carreira] foi superconsolidada. Não vou dizer que fico mais bonito, pois mais bonito que a camisa do Benfica é difícil, mas fico mais elegante de fato», brincou, salientando que o clube da Luz «tem acompanhado a evolução dinâmica da tecnologia.»
Antigo central das águias assumiu que ainda não tem "cargo definido" e alertou para 'perigo' das redes sociais. Além de Domingos Soares de Oliveira, o Benfica também esteve representado na Web Summit esta terça-feira por Luisão. O antigo central, que deixou recentemente os relvados, já assumiu novas funções nos encarnados... embora não tenha ainda cargo definido."É uma vida diferente, ainda não tenho um cargo definido. Neste momento o meu cargo é representar o Benfica em eventos como este e estou muito orgulhoso em representar um clube da grandeza do Benfica. A minha decisão [de deixar de jogar] foi bem consolidada. Já não visto o fato de treino, visto um fato. Não vou dizer que fico mais bonito, porque é difícil algo ser mais bonito do que a camisola do Benfica, mas fico mais elegante de fato", afirmou o brasileiro. Sublinhando a importância da tecnologia na sua carreira - "nos últimos 10 anos, a tecnologia evoluiu muito rápido e ajudou-me a responder a três questões importantes: onde preciso melhorar, porquê e como", sublinhou -, Luisão não deixou de alertar para o reverso da medalha."Um jogador de futebol tem certo impacto na sociedade e tem que ter muito cuidado com o que põe nas redes sociais, pois a rapidez com que essa informação é disseminada pode influenciar até a sua imagem dentro de campo, mas também a imagem que passa para fora, para as pessoas que estão a acompanhar a sua atividade social."
Deixa elogios a Rui Vitória. Luisão reiterou que "Rui Vitória ficou marcado por ser o último treinador" da sua carreira, mas que não houve qualquer mal-entendido entre ambos. Em entrevista à revista ‘Cristina’, o antigo capitão do Benfica deixou até elogios ao atual técnico das águias."Ensinou-me a questão da gestão. Deixa o jogador mais à-vontade porque entende que um jogador, quando chega ao Benfica, quando sobe da formação para a equipa principal, já tem de estar mais preparado para tomar decisões dentro do campo. É uma pessoa que me ensinou também o lado de ser frontal, de ser amigo, de dizer aquilo que pensa sem ter receio", vincou o ex-futebolista, que gostava de ficar ligado ao desporto "mas não de ser treinador". Jorge Jesus também foi elogiado: "É um treinador que entende o jogo como poucos entendem. Acho que, taticamente, é um treinador excecional." Adepto da águia é o melhor que háNas 16 épocas que vestiu de encarnado, Luisão teve alguns momentos tensos com adeptos mas, penduradas as chuteiras, foi tempo do antigo camisola 4 agradecer. "Costumo dizer que o adepto do Benfica é o melhor. Muitas vezes, ele não tem noção do quanto ajuda um jogador de futebol. Todo aquele ambiente de um jogo... Quando se é campeão no Benfica é diferente", vincou o ex-central internacional brasileiro.
Pensei que ias meter a parte do Jesus, afinal... foi a do Rui Vitória!
Ex-capitão aborda o tema da liderança. Luisão explicou numa palestra sobre liderança a maneira como foi mudando a sua forma de comandar o grupo no Benfica, deixando claro que "respeito e ética" são fundamentais para o bom funcionamento da instituição. Nesse sentido, deu o exemplo de como se comportava com os mais jovens no Caixa Futebol Campus."Separo a minha carreia em duas etapas. Primeiro com jogadores mais experientes, casca grossa, e depois quando os mais jovens começaram a subir. Pensei se deveria ter a mesma atitude. Com os mais jovens mudei um pouco e apostei na disciplina. Eu não admitia que se entrasse no Seixal e não se cumprimentasse a pessoa que estava a servir ou não se entregassem os talheres como receberam. Isso pode mudar a cultura do clube, que é o respeito e a ética. Os mais jovens precisam de ter isso. Nunca tive esse problema. Primeiro está o interesse do Benfica e o propósito fundamental do clube", vincou o dirigente encarnado.Questionado sobre como um capitão opera na questão do equilíbrio entre jogadores e treinadores, Luisão falou na necessidade de ter jogo de cintura: "Sempre tive muito carinho por todos. Ralhava, mas depois abraçava se fosse preciso. Isso deu credibiilidade muito grande. É preciso entender o interesse de um ou dois jogadores e perceber qual o interesse de todo o grupo."
Diretor das relações internacionais do Benfica recordou primeiros tempos de capitão e a questão da liderança. Luisão recordou os primeiros tempos como jogador no Benfica e a sua ascensão à condição de capitão do clube. Numa palestra sobre liderança num evento da revista 'Exame', o antigo central encarnado destacou Hélder Cristóvão, Simão Sabrosa e Nuno Gomes como as referências da altura, com quem aprendeu."Quando cheguei aqui, tinha o Hélder e depois o Simão, que me deu uma aula de humildade. Deu a oportunidade de que aparecessem outros líderes. Quando ele era capitão eu já era resmungão. O Record fez uma capa a dizer 'capitão sem braçadeira' e fiquei preocupado com a forma como ele iria reagir. Mas ele disse que não havia problema algum, que éramos dois a lutar pelo mesmo. E depois foi o Nuno Gomes, uma pessoa espectacular, cuja palavra tem muito valor. Fui também um privilegiado por trabalhar com ele", contou o agora responsável pelas relações internacionais.Na sua intervenção, recordou o trajeto que o levou a ganhar influência no balneário, um caminho com vários espinhos: "Quando cheguei se calhar era muito bonzinho. Queria ter um entendimento de onde estava a chegar. As críticas apareceram e tive de saber conviver com elas. Tive problemas com o Nuno Gomes e ele disse que foi aí que percebeu quem era o Luisão. Foi aí que saí da minha zona de conforto, para fazer coisas diferentes."Sublinhando que "pode aprender-se a ser líder", o ex-futebolista destaca as características de alguém que comanda um grupo: "É um guardião de valores. Não podemos renunciar aos valores. O meu pai era assim."
Antigo capitão recorda a influência que o mesmo teve no desempenho futuro da equipa. Luisão recordou um episódio ocorrido no arranque da temporada 2013/14, apenas uns meses após o Benfica ter perdido três competições em poucas semanas, que o marcou profundamente. Numa palestra sobre liderança num evento da revista 'Exame', o antigo capitão das águias revelou um célebre papel que Luís Filipe Vieira lhe entregou e que serviu de motivação."Depois do ano em que perdemos tudo aos 90'+2, quando regressámos a pressão era muito grande. E o presidente entregou-me um papel. Se conseguir colocar estas quatro palavras no balneário vamos ser campeões. Isto à quarta jornada. Quando estamos envolvidos num propósito tudo fica fácil. Eu coloquei este papel à frente da minha cama e comecei a desenhar isso na minha cabeça. Quando fomos campeões, devolvi o papel. É preciso estarmos focados no nosso propósito", contou o agora diretor de relações internacionais, que mostrou um papel com as quatro palavras: determinação, humildade, compromisso e sempre ambiciosos. A pressão que é colocada sob os ombros de um jogador de uma equipa grande é algo encarado com naturalidade por Luisão: "Cada domingo e quarta-feira éramos cobrados. Se errasse um passe ia tudo por água abaixo. Era preciso reestruturar ao fim de dois dias e isso pode ajudar muito no pós carreira. Mas o futebol mexe com paixões. O trabalhador trabalha de segunda a sexta, sabemos que a vida é dificil e vão para o Estádio da Luz extravasar. E o resultado do fim de semana é o que lhe faz a vida."
O antigo capitão do Benfica partilhou a sua experiência ao longo de 15 anos como jogador do Clube, revelou como se exerce a liderança numa equipa de futebol e deixou uma frase forte que resume bem a sua intervenção. Luisão marcou presença numa palestra sobre liderança, evento organizado pela revista “Exame”. O antigo capitão do Benfica partilhou algumas histórias de balneário, revelou as inspirações ao longo da sua vida, apontou as principais características que devem nortear um líder e falou da relação com o Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e com outros capitães das águias com quem se cruzou.As principais características de um líder“Creio que para se ser líder é algo que pode ser aprendido. Com tanto conceito e tecnologia, com quem escreveu sobre o assunto, há vários conceitos que podem ser avaliados. Mas temos de ter cuidado porque há a dificuldade de tomar a decisão no momento certo, ter o instinto de avaliar. O futebol é assim. Às vezes decidia, chegava a casa e ficava preocupado com a repercussão que isso poderia ter. Muitas vezes tinha de decidir no momento, mas a mim não me convinha porque as pessoas não entendiam. Estamos a falar de um Clube com milhões de adeptos.”“Há muitas características que se podem encontrar num líder, mas há uma que trouxe desde a minha infância: carácter. Um líder é um guardião de valores. Não podemos renunciar aos valores. Lembro-me do meu pai, que trabalhava no hospital, saía às 16h00 e andava cinco a 10 quilómetros com uma mala nas costas. Para chegar ao campo havia uma reta e ele ficava no fim, um pouco longe do campo, que era onde conseguíamos ver quando é que ele virava a esquina. Via muitos miúdos a correr na sua direção. Nessa época eu já era um privilegiado porque pude aprender o que era liderança. As crianças respeitavam o que ele dizia. Sem me aperceber, já estava a ser preparado para ser o que fui no futuro.”“O principal [aspeto para um líder ser respeitado e reconhecido] é o autoconhecimento. Há um ditado de que gosto e que é o seguinte: ‘abraça o seu inimigo e eu abracei-me’. Antes de decidir, tinha de me autoconhecer e perceber se estava a fazer a coisa certa, se tinha essa propriedade para falar com o meu colega de equipa ou com o treinador. Esta foi a primeira preocupação que fiz questão de ter; a segunda, que é muito perigoso no futebol, é o leva e traz. O capitão trabalha no limite. É preciso passar a confiança, até para os que não estão a jogar. Tentei passar isso através do carinho. Sempre tentei ter carinho por todos. Muitas vezes discutia dentro de campo, mas depois do jogo abraçava o meu companheiro de equipa. Estas atitudes passaram uma credibilidade grande, tanto a tratar situações do interesse dos jogadores como do treinador.”A relação com outros capitães do Benfica“Quando cheguei [ao Benfica] havia o Hélder e depois o Simão, que me deu uma aula de humildade. Deu a oportunidade de que aparecessem outros líderes. Quando ele era capitão eu já era resmungão. O [jornal] 'Record' fez uma capa a dizer 'capitão sem braçadeira' e fiquei preocupado com a forma como ele iria reagir. Mas ele disse que não havia problema algum, que éramos dois a lutar pelo mesmo. E depois foi o Nuno Gomes, uma pessoa espetacular, cuja palavra tem muito valor. Fui também um privilegiado por trabalhar com ele.”“Quando cheguei se calhar era muito bonzinho. Queria ter um entendimento de onde estava a chegar. As críticas apareceram e tive de saber conviver com elas. Tive problemas com o Nuno Gomes e ele disse que foi aí que percebeu quem era o Luisão. Foi aí que saí da minha zona de conforto, para fazer coisas diferentes.”Ligação forte com o Clube“Saí do Cruzeiro para vir para o Benfica, mas já tinha uma história de seleção brasileira, tinha sido campeão pelo Cruzeiro. Confesso que, quando cheguei a Portugal e ao Benfica, pensei que fosse de passagem. Nunca imaginei que essa ligação se tornaria tão forte. Tinha noção da grandeza do Benfica, mas não imaginava que fosse imenso. Só quando se está lá é que se percebe o que é o Benfica.”Uma referência para os jovens no Seixal“Separo a minha carreia em duas etapas. Primeiro com jogadores mais experientes, ‘casca grossa’, e depois quando os mais jovens começaram a subir. Pensei se deveria ter a mesma atitude. Com os mais jovens mudei um pouco e apostei na disciplina. Eu não admitia que se entrasse no Seixal e não se cumprimentasse a pessoa que estava a servir ou não se entregassem os talheres como receberam. Isso pode mudar a cultura do Clube, que é o respeito e a ética. Os mais jovens precisam de ter isso. Nunca tive esse problema. Primeiro está o interesse do Benfica e o propósito fundamental do Clube.”Capitão dos momentos difíceis“Ao longo da minha carreira, sempre gostei de ser o capitão dos momentos difíceis. Desfrutava dos momentos fáceis, mas gostava dos momentos difíceis. Na altura do Trapattoni, perdemos um jogo, dei uma entrevista e disse, de forma espontânea: ‘vamos ver quem vai festejar em maio’. E não é que resultou? O líder, no momento difícil da equipa, tem de tirar o foco da cobrança que se está a fazer à equipa e colocá-la a apontar para si.”As inspirações“Tenho pessoas de quem gosto muito. Considero o Presidente do Benfica um líder exemplar. Ele desenha um objetivo na sua cabeça e consegue que as pessoas acreditem. Aconteceu comigo e hoje estou aqui. Outra pessoa de quem gosto muito é o treinador da seleção brasileira de voleibol, o Bernardino. A liderança dele é espetacular. Também gosto do Barack Obama, da forma como se comporta, da serenidade e da sua linguagem corporal. Há vários e vamos aprendendo um pouco de cada um.”Quatro palavras: determinação, humildade, compromisso e sempre ambiciosos“Depois do ano em que perdemos tudo aos 90'+2’, quando regressámos a pressão era muito grande. E o Presidente entregou-me um papel. Se conseguisse colocar estas quatro palavras no balneário íamos ser campeões. Isto à quarta jornada. Quando estamos envolvidos num propósito tudo fica fácil. Eu coloquei este papel à frente da minha cama e comecei a desenhar isso na minha cabeça. Quando fomos campeões, devolvi o papel. É preciso estarmos focados no nosso propósito.”A exigência no Benfica“A exigência no Benfica é a cada quarta-feira e a cada domingo. O jogo pode estar a correr bem, mas basta falhar um passe para tudo ir por água abaixo. E depois tínhamos de nos reestruturar porque havia jogo uns dias depois. Isso pode ajudar-me no pós-carreira. O futebol mexe com paixões e eu entendo o lado do adepto e a pressão que é colocada no futebol.”“Sou amigo do Jardel. Ele tem uma história espetacular. Quando chegou ao Benfica teve de esperar o seu tempo para jogar, não é fácil. Jogava eu e o Garay no Benfica, tínhamos uma grande sintonia e estávamos num momento muito bom. Ele soube esperar. Agora, com muito mérito, após a minha saída, tornou-se o capitão da equipa. A exigência ao Jardel pode ser grande, mas eu sei como é que ele lidera. Não é igual a mim dentro de campo, mas estou confortável porque sei que tem todos os atributos.”
O ex-capitão de equipa do Benfica, Luisão, que se retirou já no decorrer da presente temporada, mas continua a trabalhar no clube da Luz, deixou mensagem de despedida do ano através de uma conta pessoal na rede social Instagram. «Chegando próximo do fim de 2018, ano que fica marcado para sempre em minha vida... De lição fica: Podemos até não chegar nos objetivos traçados, porém, o mais importante é darmos nosso melhor durante toda a jornada e desfrutar! Que venha 2019 com muita saúde e paz! »
Antigo defesa entra de imediato na equipa técnica. Uma mudança imediata na equipa técnica do Benfica deverá passar pela entrada de Luisão a adjunto. O antigo capitão irá, tudo indica, assumir estas funções com o técnico interino, Bruno Lage, e a ideia é que continue quando for apresentado o futuro treinador.O plano do presidente encarnado é cristalizar o brasileiro no cargo, independentemente de quem se sentar no banco, uma situação que se tem verificado nos últimos anos com Pietra, que trabalhou diretamente com Jorge Jesus e Rui Vitória. Ciente da importância que o ex-jogador tem num balneário que liderou durante vários anos, Luís Filipe Vieira quer manter esta voz de comando junto do grupo de trabalho pois sabe que será um trunfo importante junto do próximo treinador. Luisão foi passar um curto período de férias ao Brasil, na companhia da família, mas nas próximas horas já poderá estar no Seixal a iniciar as novas funções, junto de Bruno Lage.
Acima de tudo porque tem % no rendimento da brasileirada..